Cap. 1 – NÃO VIM DESTRUIR A LEI
LEI E VIDA
Emmanuel
"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, vim para cumprir”
JESUS. (Mateus, 5:17.).
"Não matarás", diz a lei.
O texto não se refere, porém, unicamente, à vida dos semelhantes.
Não frustrarás a tarefa dos outros, porque a suponhas inadequada, de vez que toda tarefa promove quem a executa, sempre que nobremente cumprida.
Não dilapidarás a esperança de ninguém, porquanto a felicidade, no fundo, não é a mesma na experiência de cada um.
Não destruirás a coragem daqueles que sonham ou trabalham em teu caminho, considerando que, de criatura para criatura, difere a face do êxito.
Não aniquilarás com inutilidades o tempo de teus irmãos, porque toda hora é agente sagrado nos valores da Criação.
Não extinguirás a afeição na alma alheia, porquanto ignoramos, todos nós, com que instrumento de amor a Sabedoria Divina pretende mover os corações que nos partilham a marcha.
Não exterminarás a fé no espírito dos companheiros que renteiam contigo, observando-se que as estradas para Deus obedecem a estruturas e direções que variam ao infinito.
Reflitamos no bem do próximo, respeitando-lhe a forma e a vida. A lei não traça especificações ou condições dentro do assunto; preceitua, simplesmente: "não matarás".
Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel
CULTO ESPÍRITA
Emmanuel
“Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou
os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los.”
JESUS - MATEUS, 5: 11.
“Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”,
também o espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã,mas dar-lhe execução.
”Cap. 1, 7. (*)
O Culto Espírita,expressando veneração aos princípios evangélicos que ele mesmo
restaura, apela para o íntimo de cada um, a fim de patentear-se.
Ninguém precisa inquirir o modo de nobilitá-lo com mais grandeza, porque reverenciá-lo é conferir-lhe força e substância na própria vida.
*
Mãe,aceitarás os encargos e os sacrifícios do lar amando e auxiliando a Humanidade,no esposo e nos filhos que a Sabedoria Divina te confiou.
Dirigente, honrarás os dirigidos.
Legislador, não farás da autoridade instrumento de opressão.
Administrador, respeitarás a posse e o dinheiro, empregando-lhes os recursos no bem de todos, com o devido discernimento.
Mestre, ensinarás construindo.
Pensador, não torcerás as convicções que te enobrecem.
Cientista, descortinarás caminhos novos, sem degradar a inteligência.
Médico, viverás na dignidade da profissão sem negociar com. as dores dos semelhantes.
Magistrado, sustentarás a justiça.
Advogado, preservarás o direito.
Escritor, não molharás a pena no lodo do viciado, nem no veneno da injúria.
Poeta, converterás a inspiração em fonte de luz.
Orador, cultivarás a verdade.
Artista, exaltarás o gênio e a sensibilidade sem corrompê-los.
Chefe, serás humano e generoso, sem fugir à imparcialidade e à razão.
Operário, não furtarás o tempo, envilecendo a tarefa.
Lavrador, protegerás a terra.
Comerciante, não incentivarás a fome ou o desconforto, a pretexto de lucro.
Cobrador de impostos, aplicarás os regulamentos com eqüidade.
Médium, serás sincero, e leal aos compromissos que abraças, evitando perverter os talentos do plano espiritual no profissionalismo, religioso. 0 culto espírita possui um templo, vivo em. cada, consciência na, esfera de todos aqueles que lhe esposam as instruções, de conformidade com o ensino de Jesus: “0 reino de Deus está dentro de vós” e toda a sua teologia se resume na definição do Evangelho: “a cada um por suas obras”.
À vista disso, prescindindo de convenção pragmática, temos nele o caminho libertador alma,educando-nos raciocínio e sentimento, para que possamos servir na construção do mundo melhor.
*
A presente citação e todas as demais colocadas neste livro, em seguida aos textos evangélicos, forem extraídas de “0 Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec. Nota do Autor espiritual.
Extraído do Livro da Esperança. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro O consolador
353 – espiritismo veio ao mundo para substituir as outras crenças? – O Consolador, como Jesus, terá de afirmar igualmente: – “Eu não vim destruir a Lei”. O Espiritismo não pode guardar a pretensão de exterminar as outras crenças, parcelas da verdade que a sua doutrina representa, mas, sim, trabalhar para transformálas, elevandolhes as concepções antigas para o clarão da verdade imortalista.
A missão do Consolador tem que se verificar junto das almas e não ao lado das glórias efêmeras dos triunfos materiais. Esclarecendo o erro religioso, onde quer que se encontre, e revelando a verdadeira luz, pelos atos e pelos ensinamentos, o espiritista sincero, enriquecendo os valores da fé, representa o operário da regeneração do Templo do Senhor, onde os homens se agrupam em vários departamentos, ante altares diversos, mas onde existe um só Mestre, que é Jesus Cristo.
NA SENDA RENOVADORA
Emmanuel
Disse o Cristo: - “Eu não vim destruir a Lei”.
Também nós outros, os amigos desencarnados, não nos encontramos entre os homens para guerrear-lhes a fé.
Muita gente aceita a luz da Nova Revelação, conservando-a no vinagre da intemperança, como se a verdade fosse um raio fulminativo para a ruína do mundo, e, usando a lente escura do pessimismo, desfaz-se, cada hora, entre a queixa e o azedume, identificando, em toda parte, males e nuvens, feridas e deserções.
Hoje, o Cristianismo Redivivo é sol na alma, auxiliando-nos a ver e a servir.
Entre nós, o princípio religioso não se confina à profissão de fé, vazada na confissão labial pura e simples.
Além da palavra que exprime o pensamento, será igualmente ação que reflete a vida.
É por isso que toda a nossa predicação deve começar em nós mesmos, através do estudo edificante que nos amplie o horizonte mental e através do serviço que nos propicie experiência.
Não vale situar a convicção nos conflitos estéreis.
Muitas vezes, a ofensiva verbal, culta e brilhante, não passa de frases belas e contundentes, à maneira de granizo, chovendo na plantação promissora.
Se já acordaste para a luz do Evangelho Redivivo, não olvides que o Céu te convida a entender e auxiliar.
Purifica o verbo nas fontes vivas do amor que vertem do coração para que a injustiça não te governe o roteiro.
Cristo insculpiu n’Ele próprio a luz da mensagem que trazia, redendo-se ao amor e à humildade, ao trabalho e ao sacrifício.
Também nós, guardando a nossa fé, sem qualquer violência para com os outros, busquemos estampá-la na luta de cada dia, conscientes de que o próximo receber-nos-á o apelo que brilhe em nós mesmos.
Da Obra “Confia E Segue” – Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier
CUMPRIMENTO DA LEI
Emmanuel
“Não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento”.
Companheiros inúmeros, em rememorando semelhantes palavras do Cristo, decerto, guardarão a idéia fixada simplesmente na confirmação doutrinal do Mestre Divino, ante o ensinamento de Moisés.
A lição, todavia, é mais profunda.
Sem dúvida, para consolidar a excelência da lei mosaica do ponto de vista da opinião, Jesus poderia invocar a ciência e a filosofia, a religião e a história, a política e a ética social, mobilizando a cultura de seu tempo para garfar novos tratados de revelação superior, empunhando o buril da razão ou o azorrague da crítica para chamar os contemporâneos ao cumprimento dos próprios deveres, mas, compreendendo que o amor rege a justiça na Criação Universal, preferiu testemunhar a Lei vigente, plasmando-lhe a grandeza e a exatidão do próprio ser, através da ação renovadora com que marcou a própria rota, na expansão da própria luz.
É por isso que, da Manjedoura simples à Cruz da morte, vemo-Lo no serviço infatigável do bem, empregando a compaixão genuína por ingrediente inalienável da própria mensagem transformadora, fosse subtraindo a Madalena à fúria dos preconceitos de sua época para soerguê-la à dignidade feminina, ou desculpando Simão Pedro, o amigo timorato que abdicava da lealdade à última hora, fosse esquecendo o gesto impensado de Judas, o discípulo enganado, ou buscando Saulo de Tarso, o adversário confesso, para induzir-lhe a sinceridade a mais amplo e seguro aproveitamento da vida.
E é ainda aí, fundamentado nesse programa de ação-predicação, com o serviço ao próximo valorizando-lhe o verbo revelador que a Doutrina Espírita, sem molhar a palavra no fel do pessimismo ou da rebeldia, satisfará corretamente aos princípios estabelecidos, dando de si sem cogitar do próprio interesse, transformando a caridade em mera obrigação para que a justiça não se faça arrogância entre os homens, e elegendo no sacrifício individual pelo bem comum a norma de felicidade legítima para solucionar na melhoria de cada um de nós, o problema de regeneração da Humanidade inteira.
Do Livro “Abrigo”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
NA PRESENÇA DE CRISTO
Emmanuel
“Em verdade vos digo que o Cia e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto.
” JESUS - MATEUS, 5: 18.
“0 Cristo foi o Iniciador da mais pura, da mais sublime moral, do moral evangélico -cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torna-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra,
tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. ”
-Cap. 1, 9.
A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas, alusivos ao reconforto da Humanidade.
Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas.
Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu-lhe acesso is universidades e profissões.
Inventariou os desastres morais do analfabetismo e criou a grande imprensa.
Viu que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em atividade excessiva pela própria sustentação e deu-lhe a força motriz.
Examinou o insulamento dos cegos e administrou-lhes instrução adequada.
Catalogou os delinquentes por enfermos transformou prisões em penitenciárias- escolas Comoveu-se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou a vacina.
Emocionou-se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia.
Anotou os prejuízos- da solidão e construiu máquinas poderosas que interligassem os continentes.
Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceu lhes o livro e o telegrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.
Entretanto, os vencidos da, angústia aglomeram-se na Terra de hoje como enxameavam na Terra de ontem...
Articulam-se todas formas e despontam de todas as direções.
Perderam, o emprego, que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-se abatidos, A procura de pão.
Foram despejados de, teto, hipotecado A solução de constringentes necessidades e vagueiam sem, rumo.
Encontram-se despojados, de esperança, pela deserção dos afetos mais, caros, e abeiram-se do suicídio.
Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte.
Envelheceram sacrificados pelas exigências de folhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação, e amargam.
doloroso abandono.
Adoeceram gravemente e viram-se transferidos da equipe domestica para os; azares da mendicância.
Transviaram-se no pretérito e renasceram, trazendo no próprio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação.
Despediram-se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito.
Abraçaram tarefas de bondade e ternura - e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, Conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas.
Gemem, discretos, e surgem na forma de crianças, desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.
Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos.
É por isso que Jesus, ao reuni-los em multidão, no tope do monte, desfraldou a bandeira da caridade e, proclamando as bem - aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração...
Companheiro da Terra quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem, aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que derrama, sublime, da ciência de Deus.
psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER,
SOCORRO OPORTUNO
Sensibiliza-te diante do irmão positivamente obsidiado e esmera-te em ofertar-lhe o esclarecimento salvador com que a Doutrina Espírita te favorece.
Bendito seja o impulso que te leva a socorrer semelhante doente da alma; entretanto, reflete nos outros, os que se encontram nas últimas trincheiras da resistência ao desequilíbrio espiritual.
Por um alienado que se candidata às terapias do manicômio, centenas de fronteiriços da obsessão renteiam contigo na experiência cotidiana. Desambientados num mundo que ainda não dispõe de recursos que lhes aliviem o íntimo atormentado, esperam por algo que lhes pacifiquem as energias, à maneira de viajores tresmalhados nas trevas, suspirando por um raio de luz. . . Marchavam resguardados na honestidade e viram-se lesados a golpes de crueldade, mascarada de inteligência; abraçaram tarefas edificantes e foram espancados pela injúria, acusados de faltas que jamais seriam capazes de cometer; entregaram-se, tranquilos, a compromissos que supuseram inconspurcáveis e acabaram espezinhados nos sonhos mais puros; edificaram o lar, como sendo um caminho de elevação, e reconheceram-se, dentro dele, à feição de prisioneiros sem esperança; criaram filhos, investindo em casa toda a sua riqueza de ideal e ternura, na expectativa de encontrarem companheiros abençoados para a velhice, e acharam-se relegados a extremo abandono; saíram da juventude, plenos de aspirações renovadoras e toparam enfermidades que lhes atenazam a vida. . . E, com eles, os que se acusam desajustados, temos ainda os que vieram do berço em aflição e penúria, os que se emaranharam em labirintos de tédio, por demasia de conforto, os que esmorecem nas responsabilidades que esposaram e os que carregam no corpo dolorosas inibições. . .
Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação.
(De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)
Emmanuel
"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, vim para cumprir”
JESUS. (Mateus, 5:17.).
"Não matarás", diz a lei.
O texto não se refere, porém, unicamente, à vida dos semelhantes.
Não frustrarás a tarefa dos outros, porque a suponhas inadequada, de vez que toda tarefa promove quem a executa, sempre que nobremente cumprida.
Não dilapidarás a esperança de ninguém, porquanto a felicidade, no fundo, não é a mesma na experiência de cada um.
Não destruirás a coragem daqueles que sonham ou trabalham em teu caminho, considerando que, de criatura para criatura, difere a face do êxito.
Não aniquilarás com inutilidades o tempo de teus irmãos, porque toda hora é agente sagrado nos valores da Criação.
Não extinguirás a afeição na alma alheia, porquanto ignoramos, todos nós, com que instrumento de amor a Sabedoria Divina pretende mover os corações que nos partilham a marcha.
Não exterminarás a fé no espírito dos companheiros que renteiam contigo, observando-se que as estradas para Deus obedecem a estruturas e direções que variam ao infinito.
Reflitamos no bem do próximo, respeitando-lhe a forma e a vida. A lei não traça especificações ou condições dentro do assunto; preceitua, simplesmente: "não matarás".
Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel
CULTO ESPÍRITA
Emmanuel
“Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou
os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los.”
JESUS - MATEUS, 5: 11.
“Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”,
também o espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã,mas dar-lhe execução.
”Cap. 1, 7. (*)
O Culto Espírita,expressando veneração aos princípios evangélicos que ele mesmo
restaura, apela para o íntimo de cada um, a fim de patentear-se.
Ninguém precisa inquirir o modo de nobilitá-lo com mais grandeza, porque reverenciá-lo é conferir-lhe força e substância na própria vida.
*
Mãe,aceitarás os encargos e os sacrifícios do lar amando e auxiliando a Humanidade,no esposo e nos filhos que a Sabedoria Divina te confiou.
Dirigente, honrarás os dirigidos.
Legislador, não farás da autoridade instrumento de opressão.
Administrador, respeitarás a posse e o dinheiro, empregando-lhes os recursos no bem de todos, com o devido discernimento.
Mestre, ensinarás construindo.
Pensador, não torcerás as convicções que te enobrecem.
Cientista, descortinarás caminhos novos, sem degradar a inteligência.
Médico, viverás na dignidade da profissão sem negociar com. as dores dos semelhantes.
Magistrado, sustentarás a justiça.
Advogado, preservarás o direito.
Escritor, não molharás a pena no lodo do viciado, nem no veneno da injúria.
Poeta, converterás a inspiração em fonte de luz.
Orador, cultivarás a verdade.
Artista, exaltarás o gênio e a sensibilidade sem corrompê-los.
Chefe, serás humano e generoso, sem fugir à imparcialidade e à razão.
Operário, não furtarás o tempo, envilecendo a tarefa.
Lavrador, protegerás a terra.
Comerciante, não incentivarás a fome ou o desconforto, a pretexto de lucro.
Cobrador de impostos, aplicarás os regulamentos com eqüidade.
Médium, serás sincero, e leal aos compromissos que abraças, evitando perverter os talentos do plano espiritual no profissionalismo, religioso. 0 culto espírita possui um templo, vivo em. cada, consciência na, esfera de todos aqueles que lhe esposam as instruções, de conformidade com o ensino de Jesus: “0 reino de Deus está dentro de vós” e toda a sua teologia se resume na definição do Evangelho: “a cada um por suas obras”.
À vista disso, prescindindo de convenção pragmática, temos nele o caminho libertador alma,educando-nos raciocínio e sentimento, para que possamos servir na construção do mundo melhor.
*
A presente citação e todas as demais colocadas neste livro, em seguida aos textos evangélicos, forem extraídas de “0 Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec. Nota do Autor espiritual.
Extraído do Livro da Esperança. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro O consolador
353 – espiritismo veio ao mundo para substituir as outras crenças? – O Consolador, como Jesus, terá de afirmar igualmente: – “Eu não vim destruir a Lei”. O Espiritismo não pode guardar a pretensão de exterminar as outras crenças, parcelas da verdade que a sua doutrina representa, mas, sim, trabalhar para transformálas, elevandolhes as concepções antigas para o clarão da verdade imortalista.
A missão do Consolador tem que se verificar junto das almas e não ao lado das glórias efêmeras dos triunfos materiais. Esclarecendo o erro religioso, onde quer que se encontre, e revelando a verdadeira luz, pelos atos e pelos ensinamentos, o espiritista sincero, enriquecendo os valores da fé, representa o operário da regeneração do Templo do Senhor, onde os homens se agrupam em vários departamentos, ante altares diversos, mas onde existe um só Mestre, que é Jesus Cristo.
NA SENDA RENOVADORA
Emmanuel
Disse o Cristo: - “Eu não vim destruir a Lei”.
Também nós outros, os amigos desencarnados, não nos encontramos entre os homens para guerrear-lhes a fé.
Muita gente aceita a luz da Nova Revelação, conservando-a no vinagre da intemperança, como se a verdade fosse um raio fulminativo para a ruína do mundo, e, usando a lente escura do pessimismo, desfaz-se, cada hora, entre a queixa e o azedume, identificando, em toda parte, males e nuvens, feridas e deserções.
Hoje, o Cristianismo Redivivo é sol na alma, auxiliando-nos a ver e a servir.
Entre nós, o princípio religioso não se confina à profissão de fé, vazada na confissão labial pura e simples.
Além da palavra que exprime o pensamento, será igualmente ação que reflete a vida.
É por isso que toda a nossa predicação deve começar em nós mesmos, através do estudo edificante que nos amplie o horizonte mental e através do serviço que nos propicie experiência.
Não vale situar a convicção nos conflitos estéreis.
Muitas vezes, a ofensiva verbal, culta e brilhante, não passa de frases belas e contundentes, à maneira de granizo, chovendo na plantação promissora.
Se já acordaste para a luz do Evangelho Redivivo, não olvides que o Céu te convida a entender e auxiliar.
Purifica o verbo nas fontes vivas do amor que vertem do coração para que a injustiça não te governe o roteiro.
Cristo insculpiu n’Ele próprio a luz da mensagem que trazia, redendo-se ao amor e à humildade, ao trabalho e ao sacrifício.
Também nós, guardando a nossa fé, sem qualquer violência para com os outros, busquemos estampá-la na luta de cada dia, conscientes de que o próximo receber-nos-á o apelo que brilhe em nós mesmos.
Da Obra “Confia E Segue” – Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier
CUMPRIMENTO DA LEI
Emmanuel
“Não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento”.
Companheiros inúmeros, em rememorando semelhantes palavras do Cristo, decerto, guardarão a idéia fixada simplesmente na confirmação doutrinal do Mestre Divino, ante o ensinamento de Moisés.
A lição, todavia, é mais profunda.
Sem dúvida, para consolidar a excelência da lei mosaica do ponto de vista da opinião, Jesus poderia invocar a ciência e a filosofia, a religião e a história, a política e a ética social, mobilizando a cultura de seu tempo para garfar novos tratados de revelação superior, empunhando o buril da razão ou o azorrague da crítica para chamar os contemporâneos ao cumprimento dos próprios deveres, mas, compreendendo que o amor rege a justiça na Criação Universal, preferiu testemunhar a Lei vigente, plasmando-lhe a grandeza e a exatidão do próprio ser, através da ação renovadora com que marcou a própria rota, na expansão da própria luz.
É por isso que, da Manjedoura simples à Cruz da morte, vemo-Lo no serviço infatigável do bem, empregando a compaixão genuína por ingrediente inalienável da própria mensagem transformadora, fosse subtraindo a Madalena à fúria dos preconceitos de sua época para soerguê-la à dignidade feminina, ou desculpando Simão Pedro, o amigo timorato que abdicava da lealdade à última hora, fosse esquecendo o gesto impensado de Judas, o discípulo enganado, ou buscando Saulo de Tarso, o adversário confesso, para induzir-lhe a sinceridade a mais amplo e seguro aproveitamento da vida.
E é ainda aí, fundamentado nesse programa de ação-predicação, com o serviço ao próximo valorizando-lhe o verbo revelador que a Doutrina Espírita, sem molhar a palavra no fel do pessimismo ou da rebeldia, satisfará corretamente aos princípios estabelecidos, dando de si sem cogitar do próprio interesse, transformando a caridade em mera obrigação para que a justiça não se faça arrogância entre os homens, e elegendo no sacrifício individual pelo bem comum a norma de felicidade legítima para solucionar na melhoria de cada um de nós, o problema de regeneração da Humanidade inteira.
Do Livro “Abrigo”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
NA PRESENÇA DE CRISTO
Emmanuel
“Em verdade vos digo que o Cia e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto.
” JESUS - MATEUS, 5: 18.
“0 Cristo foi o Iniciador da mais pura, da mais sublime moral, do moral evangélico -cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torna-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra,
tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. ”
-Cap. 1, 9.
A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas, alusivos ao reconforto da Humanidade.
Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas.
Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu-lhe acesso is universidades e profissões.
Inventariou os desastres morais do analfabetismo e criou a grande imprensa.
Viu que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em atividade excessiva pela própria sustentação e deu-lhe a força motriz.
Examinou o insulamento dos cegos e administrou-lhes instrução adequada.
Catalogou os delinquentes por enfermos transformou prisões em penitenciárias- escolas Comoveu-se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou a vacina.
Emocionou-se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia.
Anotou os prejuízos- da solidão e construiu máquinas poderosas que interligassem os continentes.
Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceu lhes o livro e o telegrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.
Entretanto, os vencidos da, angústia aglomeram-se na Terra de hoje como enxameavam na Terra de ontem...
Articulam-se todas formas e despontam de todas as direções.
Perderam, o emprego, que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-se abatidos, A procura de pão.
Foram despejados de, teto, hipotecado A solução de constringentes necessidades e vagueiam sem, rumo.
Encontram-se despojados, de esperança, pela deserção dos afetos mais, caros, e abeiram-se do suicídio.
Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte.
Envelheceram sacrificados pelas exigências de folhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação, e amargam.
doloroso abandono.
Adoeceram gravemente e viram-se transferidos da equipe domestica para os; azares da mendicância.
Transviaram-se no pretérito e renasceram, trazendo no próprio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação.
Despediram-se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito.
Abraçaram tarefas de bondade e ternura - e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, Conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas.
Gemem, discretos, e surgem na forma de crianças, desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.
Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos.
É por isso que Jesus, ao reuni-los em multidão, no tope do monte, desfraldou a bandeira da caridade e, proclamando as bem - aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração...
Companheiro da Terra quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem, aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que derrama, sublime, da ciência de Deus.
psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER,
SOCORRO OPORTUNO
Sensibiliza-te diante do irmão positivamente obsidiado e esmera-te em ofertar-lhe o esclarecimento salvador com que a Doutrina Espírita te favorece.
Bendito seja o impulso que te leva a socorrer semelhante doente da alma; entretanto, reflete nos outros, os que se encontram nas últimas trincheiras da resistência ao desequilíbrio espiritual.
Por um alienado que se candidata às terapias do manicômio, centenas de fronteiriços da obsessão renteiam contigo na experiência cotidiana. Desambientados num mundo que ainda não dispõe de recursos que lhes aliviem o íntimo atormentado, esperam por algo que lhes pacifiquem as energias, à maneira de viajores tresmalhados nas trevas, suspirando por um raio de luz. . . Marchavam resguardados na honestidade e viram-se lesados a golpes de crueldade, mascarada de inteligência; abraçaram tarefas edificantes e foram espancados pela injúria, acusados de faltas que jamais seriam capazes de cometer; entregaram-se, tranquilos, a compromissos que supuseram inconspurcáveis e acabaram espezinhados nos sonhos mais puros; edificaram o lar, como sendo um caminho de elevação, e reconheceram-se, dentro dele, à feição de prisioneiros sem esperança; criaram filhos, investindo em casa toda a sua riqueza de ideal e ternura, na expectativa de encontrarem companheiros abençoados para a velhice, e acharam-se relegados a extremo abandono; saíram da juventude, plenos de aspirações renovadoras e toparam enfermidades que lhes atenazam a vida. . . E, com eles, os que se acusam desajustados, temos ainda os que vieram do berço em aflição e penúria, os que se emaranharam em labirintos de tédio, por demasia de conforto, os que esmorecem nas responsabilidades que esposaram e os que carregam no corpo dolorosas inibições. . .
Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação.
(De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)