quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

UM ATO DE AMOR E FE (CHICO XAVIER)


UM  ATO  DE  AMOR  E  FÉ
Nosso querido amigo Chico há muito claudicava. Doía-lhe um pé. Dr. Rocha, médico vizinho e amigo, já lhe ministrara medicamentos, sem, contudo, minorar seu sofrimento. Dr. Rômulo, um admirável gerador magnético, já lhe havia aplicado assistência fluido terápica. Eu, de minha parte, também colaborara, dentro das minhas limitações. Tudo de pouca valia! As dores persistiam, fazendo Chico manquitolar horrivelmente.
Os funcionários retornavam às suas casas servindo-se de uma charrete. (...) O veículo adentrava a cidade por uma rua onde se localizava, então, o meretrício.
Uma tarde, Chico e seus companheiros, ao passarem pelo “Biriba” - designação vulgar dada ao logradouro - foram abordados por uma das moças que habitavam o lugar. E, dirigindo-se ao Chico, ela disse:
- Venha até a minha casa. Preciso lhe falar.
Gracejos, motejos, risadas e comentários infelizes fizeram-se ouvir. Chico desceu do carro com dificuldade, acompanhando a moça até a sua residência.
Todas as meretrizes que lá viviam receberam-no com profundo respeito, oferecendo-lhe uma cadeira, na qual Chico assentou-se.
A moça que o abordara trouxe uma pequena bacia com água limpa. Humildemente, pediu-lhe permissão para descalçá-lo dos sapatos, colocando seu pé doente dentro da bacia. Segurando raminhos de flores do campo, a moça rezou e todas as outras a acompanharam, contritas. Ela molhava os raminhos e os batia, delicadamente, no pé de Chico, repetidamente, por várias vezes. Em seguida, enxugou-o, beijou-o e o calçou novamente.
Dois dias depois, chorando de emoção, Chico contou-nos o que presenciara na casa de encontros. Através de sua vidência, registrou que o líquido da bacia foi ficando escuro e lodoso, à medida que a mulher banhava-lhe o pé, fazendo com que a dor se esvaísse lentamente.
Para todos os presentes, a água manteve-se inalterada, límpida, nada mudara.
Chico nunca mais sentiu dor. A pobre meretriz, no ato humilde, no gesto simples, na bacia insignificante e nos raminhos de mato, mais que nós outros, colocara em sua oração algo sublime e operador de maravilhas: o AMOR!
Do livro: Chico Xavier, Mandato de Amor
A Caridade
Setembro de 2000

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

James Leininger o garoto prova da Reencarnação

Há mais de  sessenta anos atrás , um piloto de caça da Marinha norte-americana de vinte e um anos de idade, foi abatido pela artilharia ja...